Albert Einstein é famoso, entre tantas coisas, por seus avanços fabulosos na física, por sua icônica foto com a língua de fora e pela seguinte frase: “os juros compostos são a força mais poderosa do Universo”.
Tudo bem, talvez fosse um certo exagero do cientista, mas a frase tem mérito, pois os juros podem, com o devido tempo, transformar pequenos valores em verdadeiras fortunas – para o bem do cliente ou para seu mal.
Por este motivo, é essencial compreender o funcionamento e as taxas praticadas pelas instituições financeiras, evitando assim grandes problemas em caso, por exemplo, de empréstimos.
O primeiro passo é compreender a diferença entre a taxa real e a taxa nominal de juros.
Assim, a taxa real representa aquilo que é cobrado pelo operador sobre a transação a qual, somada com o índice de inflação, resulta nos juros nominais, que é o que efetivamente o cliente paga (esta relação é calculada pela equação de Fisher).
Já a taxa nominal é a taxa contratada ou declarada por uma instituição financeira. Por exemplo, se um banco oferece um fundo de investimento que remunera 12% ao ano, então essa é sua taxa nominal.
A inflação é uma das medições mais faladas no Brasil, mas poucas pessoas sabem exatamente o que ela significa. Assim, em poucas palavras ela refere-se a um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, que é a causa do aumento dos preços.
O conhecimento da taxa real em sua totalidade é importante pois é o índice que os investidores usam para avaliar a lucratividade de aplicações e expansões produtivas, portanto é um elemento que você, enquanto cliente e novo investidor deve ter em mente na hora de avaliar empréstimos e opções de investimento.
Para conferência, abaixo segue o resumo das taxas reais de juros no país:
1.1 Primeiro mandato
1.2 Segundo mandato
1.3 Média simples nos mandatos de FHC: 15,2%.
2.1 Primeiro mandato
2.2 Segundo mandato
2.3 Média simples nos mandatos de Lula: 8,5%.
3.1 Primeiro mandato
3.2 Segundo mandato
3.3 Média simples nos mandatos de Dilma: 3,9%.
De forma geral as taxas de juros apresentaram uma tendência decrescente ao longo dos anos, ainda que eventuais crises pontuais (como a atual, por exemplo) tenham levado a algumas elevações.
Para o restante deste ano e para o ano que vem, o mercado aposta em taxa básica e inflação reduzidas, a 9% e 4,5% respectivamente, o que deve representar uma taxa real de juros razoavelmente atraente.
Porém, vale lembrar que o recente escândalo da denúncia da JBS contra políticos de alto escalão subiu momentaneamente a perspectiva de juros futuros, tornando importante a observação próxima do desenrolar desses fatos durante os próximos meses.